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11 / novembro
“Essa parceria com o MDA muito orgulha a nós, do BNDES” Esta foi a definição que o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, deu para o acordo de cooperação assinado na tarde desta terça-feira (8) entre a instituição bancária e o ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Dividido em três eixos – parceria no Plano Brasil Sem Miséria; para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal e para inovações para a Agricultura Familiar estruturada – o acordo vai beneficiar agricultores familiares e assentados da reforma agrária que vivem em situação de extrema pobreza, os que já desenvolvem atividades produtivas, e também aqueles habitam a região da Amazônia Legal. O documento foi assinado pelo ministro do MDA, Afonso Florence, e pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na sede do banco, em Brasília (DF).
“Esta parceria firmada hoje com o BNDES vai fortalecer ainda mais as políticas públicas desenvolvidas pelo MDA. Mas é importante ressaltar que há pelo menos sete meses nossas equipes vêm trabalhando em conjunto com muito empenho para a composição deste acordo, e isto merece ser saudado” destacou o ministro Florence.
O acordo vai potencializar políticas públicas já desenvolvidas pelo MDA. Um dos itens do documento está dentro do programa Brasil sem Miséria: o BNDES se compromete a apoiar, inicialmente, atividades agrícolas de 25 mil famílias em situação de extrema pobreza de 13 Territórios da Cidadania (confira abaixo os territórios atendidos pela medida) por meio de aquisição de equipamentos e capacitação de agricultores.
“Temos a convicção de que, para cumprir a meta estabelecida pela presidenta Dilma de erradicar a pobreza, precisamos trabalhar em conjunto”, afirmou Coutinho ao tratar das ações dentro do plano Brasil Sem Miséria.
Estas famílias já estão cadastradas para receber fomento para estruturação produtiva no valor de R$ 2,4 mil, para estruturar suas propriedades durante os dois anos em que serão atendidas pelos técnicos de assistência técnica e extensão rural (Ater).
A ideia é que os agricultores, além de produzirem para a subsistência familiar, participem das atividades do setor produtivo desses regiões e comercializem seus produtos – fornecendo, por exemplo, alimentos para o Programa de Alimentação Escolar (PNAE) que podem ser adquiridos tanto pela prefeitura de suas cidades, quanto diretamente pelas escolas.
Ação conjunta na Amazônia
No acordo firmado hoje, o MDA e o BNDES se comprometem também a reforçar ações nas áreas de apoio à produção e regularização fundiária na Amazônia Legal – com o banco liberando recursos oriundos de doações internacionais que integram o Fundo Amazônia. A expectativa é que sejam beneficiadas cerca de 300 mil famílias.
Da mesma foram que nos Territórios da Cidadania da região nordeste, os territórios da amazônia também vão receber ações do plano Brasil Sem Miséria – como a Bolsa Verde – com recursos do MDA e do Fundo Amazônia do BNDES pra apoiar atividades produtivas da agricultura familiar, extrativistas e assentados da reforma agrária.
“Temos certeza de que esta é um parceria estratégica para o desenvolvimento da agricultura familiar e o fortalecimento da economia brasileira” afirmou Luciano Coutinho ao tratar do terceiro item do acordo, que tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento da agricultura familiar com o aperfeiçoamento de políticas públicas de crédito, assistência técnica e comercialização. Entre as novidades, está a criação de uma ferramenta que possibilitará aos agricultores a realização de negócios pela internet (e-commerce), o que vai permitir a compra coletiva de insumos e equipamentos para a produção de alimentos diretamente de fornecedores cadastrados pelo BNDES.
Para realizar as compras, os agricultores terão à disposição um cartão do BNDES com crédito pré aprovado do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Uma ferramenta desenvolvida pelo MDA permitirá que os agricultores – ou grupos deles reunidos em cooperativas – acessem uma plataforma eletrônica contendo um cadastro de fornecedores catalogados pelo BNDES e façam suas compras de insumos, equipamento e suprimentos eletronicamente. Nesse primeiro momento, o benefício alcançará um grupo de 200 mil produtores já cadastrados no programa, mas a meta é alcançar mais de um milhão de agricultores familiares organizados em cooperativas e associações de produtores. Esta não será a primeira participação do BNDES no Pronaf: a instituição já opera R$ 1 bilhão dentro desta linha de financiamento do ministério.
Fonte: Jornal Dia Dia