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Campos Neto diz que a economia está melhorando e que a inflação deve diminuir, ainda que de forma lenta

20 / junho

A declaração do presidente do Banco Central vem após uma série de críticas do governo sobre a taxa de juros, que está em 13,75% desde agosto de 2022.

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, participou nesta segunda-feira (29) de um evento em Fortaleza, o Prêmio Inovação para o Desenvolvimento Econômico. Durante sua palestra, ele afirmou que o cenário econômico brasileiro “está clareando” e a inflação “parece que vai engrenar uma melhora, ainda que lenta”.

Campos Neto também afirmou que a atividade econômica vem surpreendendo para cima e os índices de confiança também estão melhorando. A declaração do presidente do Banco Central vem após uma série de críticas do governo sobre a taxa de juros.

A taxa básica de juros está em 13,75% desde agosto do ano passado e a próxima reunião do Comitê de Política Monetária do BC será na segunda quinzena de junho.

O Banco Central, que goza de autonomia operacional, tem sido criticado pessoalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por manter a taxa Selic em patamar elevado, o que freia a economia e gera reflexos no emprego e nos investimentos.

Em abril, num evento em Portugal, Lula criticou a taxa e afirmou que “ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%”.

“Nós temos um problema no Brasil, primeiro-ministro, que Portugal não sei se tem. É que a nossa taxa de juros é muito alta. No Brasil, a taxa Selic, que é referencial, está em 13,75%. Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%, ninguém. E não existe dinheiro mais barato”, declarou Lula em um fórum com investidores em Matosinhos, no país europeu.

No mesmo mês, Campos Neto defendeu que o banco define a taxa de juros de forma técnica.

“O Banco Central toma decisões técnicas, têm muitas variáveis levadas em consideração. Olhamos a inflação corrente, o hiato [do produto interno bruto], ou seja, a capacidade de crescer sem gerar inflação, e as expectativas [de inflação]“, disse ele na ocasião.


Fonte: G1.

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