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Avanço do dólar e queda da Bolsa, exterior conduz alta dos juros.

01 / julho

Em mais um dia de forte volatilidade, as bolsas de ações foram pressionadas ontem ao redor do mundo e o dólar avançou ante outras divisas, incluindo o real, enquanto as taxas dos contratos futuros de juros subiram no Brasil, corrigindo parte dos recuos mais recentes. As oscilações, em todos os mercados, foram influenciadas por notícias vindas dos Estados Unidos, onde Jeremy Stein, um diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) com direito a voto nas reuniões de política monetária, citou setembro como um mês decisivo para o programa de estímulos da instituição. Como em outros dias, a perspectiva de que o programa de compra de bônus do Fed possa começar a ser reduzido deu força ao dólar e retirou o ímpeto das bolsas.

Na renda fixa brasileira, isso se traduziu na alta das taxas dos contratos futuros de juros, que também se ajustaram após os recuos mais recentes. Além disso, o resultado primário do setor público consolidado decepcionou e veio abaixo do previsto. Com isso, parte do discreto otimismo recente com as contas públicas, após as surpresas positivas com a arrecadação e com o superávit do Governo Central, foi apagado. A taxa do contrato futuro de juros com vencimento em janeiro de 2014 fechou em 8,91%, ante 8,87% da quinta-feira. Já o vencimento para janeiro de 2017 ficou com taxa de 11,00%, ante 10,77% da véspera. Na prática, apesar da alta de ontem, os juros dos contatos futuros seguem revelando a perspectiva, entre os investidores, de que a Selic (a taxa básica de juros da economia) suba 0,50 ponto porcentual na reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom). Atualmente, a Selic está em 8,00%.

Em uma sexta-feira marcada pela forte pressão de alta sobre o dólar, o Banco Central entrou duas vezes nos negócios, por meio de leilões de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro). Ainda assim, a moeda americana terminou o dia com elevação de 1,64% no balcão, cotada a R$ 2,2310. Além do exterior, a determinação da taxa Ptax de fim de mês – taxa de câmbio que será usada na liquidação de derivativos na segunda-feira – influenciou os negócios.

Já a Bovespa fechou em queda após três sessões de ganhos. O Ibovespa cedeu 0,32%, aos 47.457,13 pontos. No primeiro semestre, o índice acumulou perdas de 22,14%. Com desempenho débil, a Bolsa brasileira encerrou os primeiros seis meses do ano com o recuo mais forte para um primeiro semestre desde 1972. O movimento de queda ontem também foi conduzido pelo exterior, sendo que as maiores baixas, novamente, foram registradas pelos papéis de companhias do empresário Eike Batista.

Fonte: Estadão

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