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05 / janeiro
Valor é superior ao de 2020, quando balança teve saldo de US$ 50,4 bi, mas ficou abaixo do previsto pelo governo. Superávit ocorre quando exportações superam importações.
O Ministério da Economia informou nesta segunda-feira (3) que a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 61 bilhões em 2021, valor abaixo do previsto pelo governo.
O valor é 21,1% superior ao saldo de 2020, quando, na média diária, houve superávit de US$ 50,4 bilhões (valor revisado).
O superávit é registrado quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, isto é, as importações superam as exportações, o resultado é de déficit.
Ao todo, em 2021:
as exportações somaram US$ 280,4 bilhões;
as importações somaram US$ 219,4 bilhões.
Considerando a média diária, o Brasil exportou 34% a mais na comparação com 2020, e registrou importações 38,2% maiores no período.
Em dezembro, a balança brasileira registrou superávit de R$ 3,9 bilhões, valor 39,7% superior ao registrado no mesmo mês de 2020, considerando a média diária. Ao longo de todo o ano de 2021, o resultado da balança só foi negativo nos meses de janeiro e novembro.
O superávit de 2021 aconteceu em um ano marcado pelo crescimento dos preços das “commodities” (produtos com cotação básica, como alimentos, petróleo e minérios) e pela alta do dólar.
Resultado abaixo do previsto
Apesar de superavitário, o resultado da balança comercial de 2021 ficou abaixo do previsto pelo governo.
Na última revisão, feita em setembro, o Ministério da Economia projetava superávit de US$ 70,9 bilhões neste ano.
Em julho, o ministério previa que o ano de 2021 terminaria com um superávit ainda maior, de US$ 105,3 bilhões.
Uma desaceleração nos preços dos produtos exportados pelo Brasil e aumento na demanda por combustíveis importados estão entre os motivos que levaram a um superávit menor do que o projetado, segundo o governo.
Resultados
Segundo o Ministério da Economia, as exportações cresceram em preços (28,3%) e quantidades exportadas (3,5%) na comparação com 2020.
Houve, ainda, alta das exportações para os Estados Unidos, Mercosul (37%), Sudeste Asiático (36,8%), União Europeia (32,1%) e China (28%).
Em relação aos setores, as altas em relação a 2020 foram:
62,4% de crescimento das vendas de produtos da indústria extrativa, com destaque para minério de ferro (72,9%) e petróleo (54,3%);
26,3% de aumento da exportação de bens da indústria de transformação, com destaque para aço semiacabado (101,3%);
22,2% de crescimento da exportação de produtos agropecuários, principalmente soja, com 35,3% de aumento.
Já em relação às importações, houve alta também de preços (14,2%) e quantidades importadas (21,8%). O Brasil registrou, ainda, crescimento das importações oriundas do Mercosul (44,7%), Estados Unidos (41,3%), China (36,7%), Sudeste Asiático (31,1%) e União Europeia (26,2%).
Entre os setores, houve alta de:
45,7% da demanda por insumos e produtos intermediários, como insumos agrícolas, eletroeletrônicos e petroquímicos;
77,1% da importação de medicamentos , especificamente vacinas;
87,1% da importação de combustíveis, com destaque para energia elétrica (89%).
Fonte: G1