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BNDES informa que reduzir custo de empréstimo traz volatilidade ao mercado

06 / junho

A afirmação é do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que participou de seminário comemorativo aos 60 anos da instituição, nesta sexta-feira

A ação de bancos centrais de diversos países para baixar o custo de empréstimos ao setor privado de modo “artificial” por meio da compra de títulos de longo prazo traz o risco de volatilidade aos mercados e revela que ações de política monetária não são “neutras” na indução do desempenho da indústria.

A afirmação é do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que participou de seminário comemorativo aos 60 anos da instituição, nesta sexta-feira.

Para o executivo, a estratégia dos BC’s adotada desde o agravamento da crise global “é algo totalmente heterodoxo” e “‘perigoso”. Seu objetivo, diz, é manter as taxas de juros baixas — e, por conseguinte, dinamizar as economias.

Diante disso, afirma, não se pode “pensar em política industrial sem se levar em conta o contexto global” _o que inclui tal ação dos bancos centrais.

Segundo Coutinho, ganham força novas formas de protecionismo que perpassam as tradicionais medidas no campo fiscal e de taxação de importados. Citou os instrumentos de compras governamentais (usadas por governos como barganhas em suas encomendas) e a criação de regulamentações especiais para determinados investimentos.

Presente ao mesmo evento que discutiu a política industrial, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira, afirmou que a indústria vive talvez o pior semestre de sua história, mas já dá sinais de reação.

Teixeira disse que o câmbio — que se apreciou recentemente e é apontado como estímulo a alguns setores — age de modo distinto em diversos ramos. Ajuda exportadores e pode prejudicar aqueles que precisam importar componentes para produzir bens finais no país, segundo o secretário.

“Não há um câmbio de equilíbrio. O que é ruim é a volatilidade, que prejudica o planejamento das empresas exportadoras.”

O ministério, afirma, prevê um crescimento de 3,1% nas exportações neste ano — abaixo dos 26% de expansão de 2011. No primeiro quadrimestre, o ritmo de alta foi maior do que o previsto: 4,5%.

O desempenho pior neste ano, diz, se dá num “cenário de piora” do nível de atividade econômica.

Fonte: Midia News

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