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10 / fevereiro
O País atingiu novo marco econômico. Ao fim de 2011, o total de crédito na economia nacional superou os R$ 2 trilhões. O resultado é visto pelos economistas como positivo. No entanto em relação aos números internacionais, o Brasil ainda caminha para chegar ao auge.
O Banco Central publicou na sexta-feira, por meio da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro Nacional, que o saldo de empréstimos na economia atingiu R$ 2,029 trilhões no fim de dezembro. Antes da publicação da autoridade monetária, a Federação Brasileira de Bancos havia estimado que o valor seria superado.
“Boa parte do avanço de um País está atrelada ao crescimento interno. E a expansão do crédito é um dos principais fatores para que isso ocorra”, avalia o professor da Fiap e especialista em finanças e matemática financeira Marcos Crivelaro.
Na opinião do professor de finanças Mário Amigo, que ministra aulas na Fipecafi, Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, FIA e Saint Paul Escola de Negócios, a história do País foi marcada com o resultado trilionário. “Podemos entender como um marco para o Brasil, que está em momento economicamente positivo no cenário internacional”, diz.
No entanto, os R$ 2 trilhões estão abaixo do que o País tem como potencial de geração, destaca Amigo, principalmente pelo tamanho da sua população (190.732.694 pessoas, segundo o Censo 2010) e capacidade de geração de riqueza.
DIFERENÇA- Dados da Fitch e do BC apontam que em 2010 o Reino Unido tinha um dos maiores saldos de crédito do mundo, cerca de R$ 8 trilhões, no câmbio do último dia daquele ano. Apesar de o valor ser quatro vezes maior do que o resultado que o Brasil atingiu em 2011, a população do Reino Unido era três vezes menor do que a brasileira, com 62.417.431 habitantes.
No caso dos Estados Unidos, um dos países com o sistema financeiro mais desenvolvido do mundo, o saldo de crédito beirava os R$ 50 trilhões em 2010. O montante era, aproximadamente, duas vezes maior do que o PIB do país, que foi de cerca de R$ 25 trilhões. Perto disso, o Brasil ainda engatinha, com o crédito representando 49,1% do PIB no fim do ano passado.
Empresas têm maior participação
As companhias são as responsáveis pela maior fatia do saldo de crédito contabilizado pelo Sistema Financeiro Nacional. Segundo o Banco Central, 31,5% do Produto Interno Bruto brasileiro, cerca de R$ 1,3 trilhão, é proveniente dos empréstimos às empresas com recursos livres, dinheiro não vinculado a projetos e programas governamentais e que a precifixação, em juros, é definida pelas próprias instituições financeiras.
Outros R$ 727 bilhões, ou 15,5% do PIB acumulado em 2011, foram gerados por meio dos empréstimos com recursos direcionados, que estão vinculados ao governo, como os financiamentos imobiliários de programas habitacionais, tanto para as famílias quanto para as empresas.
Por fim, não menos importante, aparece o saldo de crédito com recursos livres para os consumidores. Esse setor acumulou saldo de R$ 640 bilhões, o equivalente a 15,5% da produção de riquezas no País em 2011.
No entanto o economista sênior da Febraban Jayme Alves destaca que se agregados os recursos direcionados e os livres, a distribuição do crédito é balanceada. “Considerando tudo, neste caso 54% seria para as empresas e 46% à pessoa física.”
Ele destaca que a expansão do crédito em 2011, frente a 2010, foi de 19% e que a previsão da Febraban para 2012 é de 16%.
ew Roman”;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR; mso-bidi-language:AR-SA’Especialistas avaliam que resultado é positivo, mas País está longe das nações mais desenvolvidas.
Fonte: Diário do Grande ABC