Escritório de Contabilidade, Contador em Santo André - Control Sigma

Menu

Inadimplência cresceu 5,8%

13 / outubro

De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), a inadimplência do consumidor chegou a 5,8% no último mês de setembro, em comparação ao mesmo período em 2010.

Foi a oitava elevação seguida nessa base de comparação em 2011, um indicativo de que o cenário inflacionário persistente ainda exerce pressão negativa sobre o poder de compra do consumidor e sobre o nível de endividamento das famílias, conforme avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior.

De acordo com números do SPC Brasil, nos nove primeiros meses de 2011, a inadimplência acumula alta de 5,26%. Isso ocorre, sobretudo, em razão do ciclo de aperto monetário empreendido pelo Banco Central até julho e a consequência da aplicação contínua dessa medida no custo médio do crédito. “As medidas restritivas de crédito impactaram negativamente o consumo, e a inflação também já começou a pesar no bolso do cidadão brasileiro”, reforçou o presidente da CNDL.

Segundo disse, vale lembrar que a elevação da inadimplência já dura oito meses ininterruptos, desde fevereiro, o que praticamente já garante o quadro de endividamento maior em 2011, diferentemente dos anos anteriores quando, em 2010 e 2009, houve queda da inadimplência.

A comparação entre setembro e agosto de 2011, que não leva em conta a sazonalidade, mostrou uma queda da inadimplência de 3,62%, o que pode indicar uma inversão da curva de crescimento e uma perda de força dessa variável, o que, entretanto, não deve servir pra reverter o quadro de inadimplência do acumulado do ano.

Vendas

Em relação às consultas no SPC Brasil, que refletem em certa medida o nível de atividade no varejo, setembro apresentou alta de 3,46% ante o mesmo mês de 2010, a sexta elevação seguida na mesma base de comparação, o que reforça a tendência de otimismo nas vendas para o restante do ano.

Já a comparação sem ajuste sazonal entre setembro e agosto, com queda de 7,91%, mostra retração no ritmo nas vendas a prazo, o que pode ser entendido como um espelho da desaceleração por que passa a economia brasileira. No ano, o indicador registra alta de 5,5%, ante 5,72% registrados em agosto.

Considera-se venda a prazo compras feitas com cheque pré-datado ou no crediário.

Recuperação de crédito

Os números de cancelamento de registros, que dão medida ao nível de recuperação de crédito no varejo, foram positivos em agosto, apresentando leve alta de 0,13% ante o mesmo mês de 2010. O resultado pode indicar uma tendência de acomodação no ritmo do varejo, uma vez que a mesma comparação havia mostrado expansão de 7,81% no mês de agosto.

Normalmente, o maior volume de cancelamentos antevê um cenário aquecido de vendas, uma vez que o consumidor tem de estar adimplente para manter seu consumo nas compras a prazo.

A comparação com o mês de agosto, sem ajuste sazonal, mostrou queda nos cancelamentos de CPFs inscritos no cadastro de devedores do SPC Brasil, de 5,95%. E no acumulado do ano, o índice acumula alta de 5,66%, ante os 6,74% registrados até agosto, mais um sinal de arrefecimento desse indicador.

“A diminuição no volume de recuperação de crédito é reflexo da inflação mais alta, porque está sobrando menos orçamento para pagar dívida antiga”, afirmou Roque Pellizzaro Junior.

Fonte: Administradores

Faça seu comentário